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Waldemar Bastos - "Deus é tudo para mim"

  Deus é tudo para mim O aDEUS de Waldemar Bastos   Nos muitos ou poucos anos nas ruelas e avenidas desta vida que se quer vivida sempre existem aqueles, da porta estreita, que sempre buscam um sentido maior para o Sofrimento.  “Pra quê tanta dor? Pra quê tanto ódio? Se somos irmãos ” “Olha aquela mamã Já não tem lágrimas Já não tem lamento”   A partir de uma certa altura de erros, falhanços e sucessos algo nos cutuca os vazios para fora. Ou para dentro. Ou para fora e para dentro. Mas algo nos cutuca enquanto o vazio nos esvazia de certezas e egos. É um vazio que atormenta e dilacera. “Olha o tormento, Olha o tormento Que vem cá de dentro” Sofrimento “E o tempo passou e a velha chica, só mais velha ficou Ela somente fez uma kubata com teto de zinco, com teto de zinco ” Velha Xica Para alguns, rezam os consultórios da psique, este tormento é a razão dos vícios; para outros é apenas o intensificar da busca de um propósito; para poucos, os da "porta estr

O EFEITO COBRA DO IVA(M)

A entrada do IVA fez-nos recordar a velha máxima de Adam Smith de que “o interesse desses homens nunca é exatamente o mesmo do público…”. Embora Adam Smith se refira apenas aos comerciantes, em particular, no contexto angolano actual “esses homens” são os comerciantes políticos do compadrio. Estes incluem-se nos 4900 milionários que Angola ostenta e que como camaleões despem e vestem a pele de “políticos” ou de “comerciantes” conforme o interesse do clã familiar. Aliás as duas peles são condição sine qua nom para atingir “os milhões da palavra M” de Milionário. Durante o dia enfardam fatos caros com gravatas que enforcam vidas humanas e à noite vestem t-shirts e bonés em comités de especialidade político-empresarial nos “lobbies de hotéis de muitas estrelas”. Mas nada se consegue neste jogo de vestir e despir milhões do erário sem a famosa “INFORMAÇÃO INTELIGENTE” que permite pressionar de vícios da luxúria os “boys do executivo”. São estes “a password” para os milhões que faze

CONGO III: Patrice Lumumba e a morte do prémio Nobel da Paz Dag Hammarskjöld

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Oito meses após a morte de Patrice Lumumba a 17 de Janeiro de 1961, o secretário das Nações Unidas Dag Hammarskjöld morre num acidente de avião a 18 de Setembro. O acidente que acontece num trajecto entre o Congo e a Zâmbia levou à morte deste general sueco e de mais 15 passageiros e tripulantes.  Conor O'Brien  representante das Nações Unidas no Congo na altura declarou que ninguém a residir em Kinshasa acreditava na versão de acidente. O  primeiro-ministro do Congo na altura -Cyrille Adoula - era da mesma opinião. Ele havia se encontrado com o secretário-geral Dag  Hammarskjöld  horas antes do "acidente" e em declarações  ao Montreal Gazette de 1961  referiu: "Quão ignóbil é este assassinato, não o primeiro deste tipo perpetrado pelos poderes endinheirados. O Sr. Hammarskjöld foi vítima de certos círculos financeiros para os quais uma vida humana não é igual a um grama de cobre ou urânio." Destroços do avião de Dag  Hammarskjöld numa floresta junto a

Patrice Lumumba's Murder

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In today's text we resurrect Patrice Lumumba (PL), the first elected vice-president of the Congo, who died at the hands of his compatriots at the behest of foreign intelligence services (Belgium and the United States of America).                                          Patrice Lumumba Congo's Prime Minister-elect This, considered a hero by the people that chose it was denominated of form codified by "Satan" by the services of Belgian intelligence. But what did Patrice Lumumba defend that earned him a nickname so negatively powerful? In his last letter to his wife he wrote: "No brutality, mistreatment or torture has ever forced me to ask for grace, for I would rather die with my head held high, my firm faith and my deep trust in the fate of my country, instead of living submissively and despised in these sacred principles. one day his word, but it will not be the story that Brussels, Paris, Washington or the United Nations will teach, but what th

O Homicídio de Patrice Lumumba (compilação de 11 textos sobre a RDC)

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No texto de hoje ressuscitamos Patrice Lumumba (PL) o primeiro vice presidente eleito do Congo que acabou morrendo nas mãos de compatriotas seus a mando dos serviços de inteligência estrangeiros (Bélgica e Estados Unidos da América). Patrice Lumumba Primeiro-Ministro eleito do governo do Congo Este, considerado um herói pelo povo que o elegeu era denominado de forma codificada por "Satanás" pelos serviços de inteligência belga. Mas o que defendia Patrice Lumumba que lhe valeu uma alcunha tão negativamente poderosa? Na sua última carta à esposa escreveu: "Nenhuma brutalidade, maus-tratos ou tortura jamais me forçou a pedir graça, pois prefiro morrer de cabeça erguida, minha fé firme e minha confiança profunda no destino de meu país, em vez de viver submisso e desprezado nestes princípios sagrados. A história terá um dia a sua palavra, mas não será a história que Bruxelas, Paris, Washington ou as Nações Unidas vão ensinar, mas aquilo que ensinarão nos

La mort de Patrice Lumumba et de la RDC

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La mort d'une nation - 19 tombes Sans prévenir, mon père a emmené la famille se promener de Kinshasa, la capitale, à une région isolée. J'avait 6 ans à l'époque. Après des kilomètres parcourus pendant de longues heures, nous sommes entrés dans une zone rurale où la voiture empruntait des rails non pavés et où l'herbe passait du toit. Et c’est au milieu de cette haute herbe que nous avons été couverts par la vision de mon père abandonner sa voiture et courir. Sans comprendre la raison de se précipiter si brusquement dans ce labyrinthe d'herbe, je le suivis avec la même hâte, laissant ma mère derrière. Sentant l'herbe rugueuse taillée dans ma peau d'enfant, j'ai trouvé mon père agenouillé et en pleurs devant trois monticules de terre. Des tombes devant une vieille maison qui, avec ses fenêtres et ses portes ouvertes, semblaient vouloir laisser échapper ce qui se serait passé dans la plus petite division de la maison. Nous avons parcouru toutes

Patrice Lumumba death and the failure of RDC

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The death of a nation - 19 graves Without warning my father took the family on a walk from the capital city of Kinshasa to a remote area. He was 6 years old at the time. After miles traveled long hours we entered a rural area where the car traveled unpaved rails and the grass passed the roof. And it was in the middle of this high grass that we were covered by the vision that I saw my father abandon his car and run. Without understanding the reason for so abruptly rushing inside that labyrinth of grass, I followed it with the same haste, leaving my mother behind. Feeling the rough grass cut into my childish skin, I found my father kneeling and crying in front of three mounds of earth. Graves in front of an old house that with its windows and open doors seemed to want to vent what in the smallest division of the house would have happened. We went through all the divisions completely bare of evidence and filled with echoes from a past of 5 years. But with my height as a child I never