JET SET BANTU
Jet set bantu - 6400 milionários em 6 anos e 7 formas de destruir um país
Mais que muitas vezes ouvimos falar no jet set, mas menos no
termo bantu. Nesta abrupta diferença temos
visto surgir uma ponte aérea que faz questão de unir estes dois termos tão etimologicamente apartados. Ambas as designações se referem a um conjunto de indivíduos,
no entanto, só em algumas ocasiões se tornam no mesmo grupo. Não tão raras
vezes há um grupo bantu que
atravessou a Kalunga até à terra dos mortos
para virar jet set. Numa azáfama
maluca para dar ao país algo que noutros países também há (inquestionavelmente)
criaram-se 6400 milionários do erário público em 6 anos. O famoso jet set bantu não provém de herdeiros de
fortunas de alguém que construiu um império, assim como os famosos Hilton. Mas
sim da delapidação do “bem comum”, numa forma de subsídio ilimitado para não
privar o país de algo tão singelo como um grupo de pessoas que anda de jato e
cuja inutilidade é indiscutível.
E assim, este bantu, apatriota, que anda de jacto sempre para trás perdeu-se nas imensas milhas do sacrifício de se
encaixar em festas do glamour. E nestas festas descobriu conceitos que muito
engrandeceram a alma desta mátria: “paculamento”, “prostitutas de luxo”, “laço
vermelho”, silicone, botox e lingerie
sem fim. É nestas festas que o nosso bantu
do jet set abre garrafas de champagne para cozinhar caldeiradas
paradisíacas e comer da melhor lagosta recarregada. É com um paladar crescido a
funge e a feijão com arroz que agora se aventura nessas bagas de caviar cuja
árvore jura crescer no seu quintal. E de festa em festa vai simulando
comportamentos que gastam mais do que o orçamento geral de alguns países. É
esta capacidade inata de gastar o infindável que convence artistas do jet set internacional a iluminarem com
as suas vestes bordadas a diamantes as arenas de repletas de um povo abaixo do
limiar da pobreza – os famosos donos
disso tudo. E nestas festas da luxúria dicam-se papoites que agitam Mangas de
10 fazendo-as madames de kimbus.
Passando um filtro sobre uma pobreza desmesurada e sem
receios de esganar o bem comum, destilando um saber económico cientifico ao
nível de poucos mortais criaram 7 maravilhas economico-financeiras que viraram paradigmas científicos:
- · Estado de deficit sucessivos alavancados a uma Expansão fiscal e monetária;
- · Crescente spread entre as taxas de juro activas e passivas dos bancos comerciais;
- · Diferencial cambial tão elevado que até hoje o kwanza está burro.
- · Ultrapassar os limites do que se julgava possível ao nível do Enfraquecimento da posição/imagem externa.
- · Endividamento cavalgante sobre a própria dívida
- · Revisão da Inflação em alta.
- · Aumento das taxas de (des)crescimento do PIB.
Acredite-se ou não, este cenário dantesco criado por um Jet
7 bantu que pertence a uma elite política (alguns ainda a ostentar cargos e a voltarem a ser renomeados)
exigiu muita farra, festa, compras astronómicas e esquemas financeiros que
envolvem vários países. Até a fortuna do Rei Salomão esteve em risco de ser
raptada valeu-lhe o intervalo temporal que nos separa.
Mas para por ordem neste endeusamento do Jet 7 bantu
contamos agora com a liderança e sapiência de Mandume ya Ndemufayo que procurou restaurar a riqueza e a
anterior prosperidade Kwanyama. Não é a naturalidade geográfica que descreve o bantumen mas a sua capacidade etnolinguística de ser humano. É nesta figura
humana com traços faciais marcados em passos militares, que os bantus de
Cabinda ao Cunene depositam a confiança da revisão em alta do sistema político
e económico angolano.
Lueji Dharma
Wladimir dos Santos
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